Era uma vez um indiozinho que vivia pela floresta procurando amigos. Ele passeava pelos campos, que na primavera se enchiam de flores de cores e perfumes variados, Ele até conseguia conversar com os animais e com as plantas.
Um dia, ele estava passeando pela beira de um riacho quando escutou um barulho. Ele olhou, procurou, mos não descobriu de onde vinha. Perguntou:
- Quem está aí?
Então ele escutou
-Sou eu. Eu estou aqui.
Era uma linda raposinha de pêlo dourado e focinho branco, que corria de um lado para o outro se escondendo.
O indiozinho então falou:
- Vem brincar comigo, estou triste e preciso muito de um amigo.
A raposa trocando de lugar respondeu:
- Mas eu não posso brincar. Você não me cativou.
-Que é cativar? - perguntou o indiozinho.
A raposa respondeu:
- É uma coisa muito esquecida que significa "criar laços'...
-Criar laços?
- É. Você não é ainda para mim senão um indiozinho como vários outros que por aqui passam. Eu não tenho necessidade de você e nem você de mim. Mas se você me cativar, eu terei saudades de você quando for embora. Terei necessidade do sua companhia.
E o indiozinho então disse:
-Ah! Agora eu começo a entender.
A raposa falou:
- Por favor... cativa-me!
- E o que é preciso fazer?
A raposa explicou:
- É preciso ter muita paciência... Para isso, que tal nos encontrarmos aqui para nos conhecermos melhor? Assim, todos os dias, eu estarei ansiosa esperando você. A cada dia você irá chegando mais perto. Neste tempo a amizade brotará em nossos corações. Até que um dia seremos grandes amigos.
Desta forma o indiozinho seguiu os conselhos da raposa e a cativou.
Os dois tornaram-se grandes amigos. E como se fosse uma plantinha que deve ser regada todos os dias para poder crescer e sobreviver, a amizade dos dois foi cultivada através do respeito, do carinho, enfim, do amor.
E uma coisa que o indiozinho nunca esqueceu, pois foi a raposa mesmo que lhe contou é que a gente se torna eternamente responsável por aquilo que cativa, E isso foi muito importante por toda a sua vida.
História inspirado na obra "O Pequeno Principe" de Antoine de Saint-Exupéry, Livraria AGIR Editora, 1964, inserida na apostila do 2º Cicio de lnfância, unidade II, Conduto Espírita e Vivência Evangélica da Federação Espírito do Paraná
bjs,soninha
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