Etiologia (causa)
Doença causada pelo vírus Coxsackie, principalmente pela variedade A16, altamente infecciosa e contagiosa em crianças.
Afeta em geral crianças abaixo de 5 anos de idade. Nas crianças em fase escolar ocorre com menos frequência e raramente ocorre em adultos.
Os surtos são mais freqüentes na primavera e no outono.
Quadro Clínico
Usualmente o período de incubação é de 4 a 6 dias.
Febre de intensidade variável. Alguns casos podem ocorrer sem febre.
Habitualmente a criança apresenta estomatite (aftas) e gânglios aumentados no pescoço.
Surgem a seguir, em pés e mãos, lesões vesiculosas (como pequenas bolhas) branco-acinzentadas com base avermelhada, não pruriginosas e não dolorosas. As lesões podem aparecer também na área da fralda, podem ou não se espalhar para as coxas e nádegas, boca e garganta.
Trata-se de uma infecção de natureza moderada e o exantema regride entre 5 e 7 dias.
Se o quadro for mais grave, as lesões podem se transformar em pústulas ou bolhas, que estouram depois de seis dias
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, pois o quadro é bem característico. Geralmente não é preciso realizar exames complementares.
Na maioria dos casos, apenas uma análise das feridas já é suficiente para que a síndrome mão-pé-boca seja identificada. Se houver dúvidas, o médico poderá pedir um exame de sangue sorológico. O enterovírus 71 também pode ser identificado por um exame de fezes.
Tratamento
A síndrome mão-pé-boca é tratada com medicamentos anti-inflamatórios ou, se o quadro for grave, medicamentos antivirais.
Inclui medidas orientadas para as viroses de uma maneira geral:
• repouso
• alimentação leve
• boa ingesta de líquidos
A febre, se presente, pode ser controlada com o antitérmico prescrito pelo pediatra.
Idas frequentes ao pronto-socorro não alteram a evolução da doença, pois a virose é auto-limitada, ou seja, melhora espontaneamente, com a própria defesa do organismo.
Em alguns poucos casos, quando as lesões da boca comprometem a ingesta de líquidos, é preciso internação para hidratação endovenosa.
Em geral, a síndrome mão-pé-boca desaparece sozinha dentro de cinco e sete dias. Após a melhora dos sintomas, o paciente adquire imunidade ao enterovírus 71, não sendo contaminado novamente.
Complicações Possíveis
Por conta da dificuldade de engolir, a criança pode ficar muito tempo ingerindo poucas quantidades de líquidos, podendo sofrer uma desidratação. Nesse caso, há a necessidade de internação para que o paciente receba soro fisiológico.
Fatores de Risco
A síndrome mão-pé-boca afeta principalmente crianças, mas também pode atingir adultos que entram em contato com a mucosa ou fraldas de uma criança infectada. Sua incidência pode aumentar até 20% no outono e no inverno, por conta da imunidade ficar mais baixa no período.
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