Numa tarde ensolarada de sábado o circo chegou na pequena cidade de Lago Encantado, parou os seus carros com leões, tigres, elefantes, girafas, pessoas vestidas com roupas coloridas e a figura mais esperada, querida e amada da gurizada: o palhaço!
Foi um alvoroço geral. A meninada não falava em outra coisa e começaram a pedir aos pais para ir no outro dia, assistir a primeira apresentação. Ficaram, é claro, nas imediações assistindo a lona ser estendida, suspensa e presa nos mastros; os animais serem alimentados e toda a folia da arrumação.
Retornaram às suas casas com o coraçãozinho aos pulos e não conseguiam conter a ansiedade em ter que esperar o dia seguinte. Dormiram logo após o banho e o jantar. Na cidade todas as crianças já dormiam às oito horas. Era um verdadeiro milagre!
Finalmente amanheceu! Era o dia da estréia.
Com muito apelo dos pais eles foram à missa, à catequese e ao culto.Almoçaram às pressas e rumaram para o circo. A frente estava cheia de pessoas adultas segurando gurís e gurias pela mão, onde compravam pipoca, pirulitos, balões coloridos, brinquedos de pelúcia, picolés etc. Entraram felizes, sorridentes e se ajeitaram pelas cadeiras e arquibancadas.
Finalmente o show começou!!
Assistiram as acrobacias dos artistas em cima dos elefantes e estes sobre bolas e tambor; o leão saltando dentro de um arco em chamas; o desfile das girafas; as brincadeiras dos macacos; as peripécias nos trapézios bem altos e, para finalizar com chave de ouro, iriam assistir o espetáculo do Janjão o mais novo palhaço de circo. Janjão era mais novo em idade e em tempo de atuação.
As crianças se ajeitaram nos seus lugares, algumas ficaram de pé para enxergar melhor o palco, os rostinhos mostravam a ansiedade que elas sentiam.
Entra Janjão no palco, se curva cumprimentando a platéia, joga beijinhos para em seguida ficar quietinho lá no meio
Foi aplaudido na sua entrada. Muito aplaudido pela criançada.
A flor que ele trazia na mão direita começou a murchar e ele começou a chorar. De repente uma tristeza tomou conta dele e ele não foi capaz de apresentar o seu espetáculo. As lágrimas escorriam pela sua face retirando a maquiagem e molhando a sua roupa.
As crianças se puseram de pé e também choraram sem nem saber porquê o Janjão chorava. Mas ele era o ídolo delas!
O dono do circo vendo que o palhaço não estava em condições de apresentar o seu número, pediu desculpas e deu por encerrada a estréia prometendo uma tarde gratuita onde Janjão iria se apresentar de verdade.
Nem precisa dizer o quanto a gurizada ficou triste!!
Retornaram às suas casas desanimadas mas com a esperança de voltar ao circo para assistir ao Janjão.
Por isto meus amiguinhos é que devemos pensar muito quando a tristeza estiver desejando tomar posse de nós. Claro que há momentos na nossa vida que é inevitável e ficamos tristes mesmo. Mas nunca devemos alimentar a tristeza ao ponto dela atrapalhar a nossa vida.
Claro que não somos palhaços mas quem é que gosta de uma criança triste e amuada?! Nem adultos...rs
Falem assim:
"TRISTEZA ...TÔ FORA"!
bjs,soninha!
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