Horácio é um garoto de 10 anos que ganhou no último aniversário um cãozinho chamado Cafuné.
Outro dia, algo diferente aconteceu: Horácio acordou na casinha de Cafuné, mas não se lembrava de ter ido até lá. Logo reparou que a casinha precisava de uma boa limpeza, coisa que Cafuné não sabia fazer. O cão não estava e também não havia água limpa para beber.
Quando o menino tentou sair da casa, percebeu que ele, Horácio, era Cafuné. Assustou-se e foi pedir ajuda à mãe. Dona Eunice mandou que o cão fosse brincar lá fora.
Confuso, o menino-cão foi deitar-se à sombra. Percebeu então que ele pensava como um garoto, mas as outras pessoas achavam que ele era Cafuné, seu cão. Achou seu corpo um pouco estranho: precisava de um banho e, além disso, havia alguns sinais estranhos, parecidos com cicatrizes. Do que seriam? Veio então à sua mente a lembrança de um dia em que estava brincando com Cafuné e seu pai mandou que parasse, pois estava machucando o animal. Deve ter doído bastante. Como ele havia sido ruim com seu companheiro de brincadeiras... Seria mais cuidadoso da próxima vez. Haveria uma outra chance?
De repente, Horácio sentiu uma forte coceira. Pulgas! Ele estava cheio de pulgas! Logo lembrou-se que há muito tempo não levava Cafuné ao veterinário. Ultimamente o garoto tinha andado muito ocupado e havia esquecido de prestar os cuidados que um bichinho de estimação merece, incluindo brincadeiras, banho, água fresca, comida, carinho e atenção.
Triste e preocupado, o garoto ouviu sua mãe gritar:
- Horácio! Ao sair correndo, o menino-cão tropeçou em uma pedra e ... acordou em sua cama, com Cafuné lambendo suas pernas.
Perto dali, o espírito protetor de Horácio sorriu, com a certeza do dever cumprido, pois o menino havia aprendido a lição.
Autora:
Claudia Schmidt
beijinhos...
Um comentário:
Muito bonitinho!!!!
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