Estamos de volta!!

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Viva o Verão...

29 de nov. de 2013

O Ratinho Desconfiado


"Desconfiado" vivia no porão da casa do Lulinha e estava sempre atento esperando uma oportunidade para roubar comida na despensa. 

Ele conhecera a despensa numa tarde em que dona Eulália, a mãe de Lulinha, esquecera a porta aberta quando entrara para pegar um pote de açúcar e o ratinho, bem ligeiro, entrara e saíra logo com receio de ficar trancado lá dentro. 

Até entrar ali ele sempre imaginara que, por detrás daquela porta fechada, havia um tesouro guardado a sete chaves. 

E havia mesmo! pensava o ratinho. 

Era um tesouro delicioso com o qual ele um dia iria se fartar. 

Depois de muito pensar como ele poderia entrar, pegar o que desejava, e sair sem ser visto e sem correr o risco de cair em uma ratoeira, "desconfiado" resolveu chamar seu amiguinho "negrito"para participar do seu plano de roubo e fuga rápida. 

"Desconfiado" foi até a casa do rato "negrito", falou-lhe sobre a despensa repleta de guloseimas deliciosas e do seu fabuloso plano. 

Ao terminar perguntou ao "negrito":

 _ Você quer participar amigo? 


"Negrito" pensou, pensou e respondeu: 

- Não meu amigo, eu prefiro não me arriscar. 

Fico por aqui mesmo comendo as migalhas que encontro, elas me bastam. 

Desapontado o ratinho "desconfiado" disse a si mesmo: 

_Não vou desistir! Vou sozinho e eu quero ver quando tiver roubado aquelas delícias e guardá-las no meu porão, quem irá me pedir?

E lá se foi o "desconfiado" esperar dona Eulália abrir a porta da despensa para realizar o seu plano. 


Esperou tanto que cochilou e sonhou que havia entrado na despensa, enchido uma sacola com as guloseimas que tanto desejara, quando a porta se fechara por fora e ele ficara preso para sempre até ficar bem velhinho e morrer. 

Ao chegar nesta parte do sonho, "desconfiado" acordou assustado com o arrastar dos chinelos de dona Eulália e, com medo do sonho se tornar realidade, o ratinho saiu correndo ligeirinho para o porão onde vivia. 

À noite o ratinho se preparava para dormir quando escutou uma vozinha falar ao seu ouvido: " 

- Não roube o que não é seu, isto é feio e Papai do Céu não gosta. 

Assustado o ratinho procurou por todos os cantos do porão a origem daquela vozinha e não encontrou. 

Deitou-se na sua caminha, cobriu-se até a cabeça e pediu desculpas a Papai do Céu por haver pensado em roubar dona Eulália. Logo ela que era tão boazinha pois com a sua distração sempre deixava cair pedacinhos de queijo, pão, carne, toucinho, salaminho que o mantinham vivo e saudável. 

Quando os seus olhinhos já estavam fechando pelas mãos do sono que o visitava, o ratinho, antes de se entregar totalmente, viu uma fadinha saindo esvoaçante do porão. 

"Desconfiado" não se aguentando mais de sono tentou erguer-se da sua caminha mas não conseguiu, então a fadinha olhou para ele, deu uma piscadela e mandou-lhe o sorriso mais lindo do mundo. 

Antes de sair ela falou baixinho: 


- Não roube...não roube...não roube...

E o ratinho caiu num sono tão profundo que só acordou na tarde do dia seguinte com uma leve sensação de paz!

Pegar coisas dos outros às escondidas é o mesmo que roubar. NEM PENSAR!

*soninha*

Um comentário:

chica disse...

Um amor de história, ilustrações e mensagem!!Valeu! beijos,ótimo fds! chica

Não dê armas às crianças!!

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