Os gatos da vizinhança
famintos, órfãos, pelados,
achavam pouso e aconchego
junto dela em nossa casa,
Mimoso, Dina, Miquito,
tantos outros — nem me lembro!
Ah! tinha a gata Pretinha
que lhe dava tão fecunda
cada vez ninhada inteira.
Era leite no pratinho
ou dado na mamadeira.
Enroscavam-se na colcha
de retalhos costurados,
cresciam e para ela
de miau! Miau! Miau!
serenata era cantada.
Não só de gatos gostava
a boa titia Nida.
Seus sobrinhos eram seus filhos
e mais outro de outro sangue
em amor reconheceu.
Por eles se abriu em risos
por eles muito sofreu.
Nada pedindo ou cobrando,
generosamente dando
a vida — tudo o que tinha —
para quem nem era seu.
*Cyra de Queiroz Barbosa*
beijinhos de alegria...
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