Estamos de volta!!

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Viva o Verão...

27 de fev. de 2013

O MENINO E A VÓ GULOSA


O menino só possuía um guiné. Numa ocasião de necessidade matou o guinezinho e saiu pra adquirir farinha. Quando voltou, a avó, que morava com ele, comera o guinezinho inteiro. O menino reclamou muito e avó lhe deu um machadinho.

Saiu o menino pela estrada e encontrou o pica-pau furando uma árvore com o bico.

— Pica-pau! Não se usa mais o bico para cortar pau. Usa-se um machadinho como esse…

— Oh! Menino! Empreste-me o machadinho.






O menino emprestou o machadinho ao pica-pau e este tanto bateu que o quebrou.

O menino recomeçou a choradeira:

— Pica-pau, quero meu machadinho que minha avó me deu, matei meu guinezinho e minha avó comeu.

O pica-pau deu ao menino um cabacinho de mel de abelhas. O menino continuou a viagem e lá adiante viu o papa-mel lambendo um barreiro que só tinha lama.

— Papa-mel! Não se usa mais beber lama. Usa-se beber um melzinho como esse…

— Oh! Menino! Me dê um pouquinho desse mel!




Que pouquinho foi esse que o papa-mel engoliu todo o mel e ainda quebrou o cabacinho. O menino abriu a boca no mundo, berrando. O papa-mel presenteou-o com uma linda pena de pato. O menino seguiu.

Lá na frente encontrou um escrivão escrevendo com uma pena velha e estragada.

— Escrivão! Não se usa mais escrever com uma pena estragada como essa e sim com uma boa e novinha como esta aqui…



— Oh! Menino! Empresta-me tua pena…

O bobo do menino emprestou a pena. Num instante o escrivão estragou a pena. O menino cai no pranto. O escrivão lhe deu uma corda.

Depois de muito andar, o menino avistou um vaqueiro tentando laçar um boi com um cipó do mato.

— Vaqueiro! Não se usa mais laçar boi com cipó e sim com uma corda como essa.




— Oh! Menino! Me empresta essa corda.

O menino, vai, emprestou. Num minuto o vaqueiro laçou o boi mas rebentou a corda.

Novo chororô do menino. O vaqueiro lhe deu um boi.

O menino viu a onça, uma enorme, comento um resto de carniça.

— Onça! Não se usa mais comer carniça e sim um boi como esse meu!




— Oh! Menino! Me dê o seu boi!

E comeu o boi. O menino ficou no soluço, choramingando e pedindo o boi:

— Onça, me dê meu boi que o vaqueiro me deu; o vaqueiro quebrou minha cordinha, a cordinha que o escrivão me deu; o escrivão quebrou minha peninha, a peninha que o papa-mel me deu; o papa-mel bebeu meu melzinho, o melzinho que o pica-pau me deu; pica-pau quebrou meu machadinho, o machadinho que minha avó me deu; matei meu guinezinho e minha avó comeu!

A onça como não tinha coisa alguma para dar ao menino, disse, rosnando:

— O boi foi pouco e vou comer você!

E comeu o menino.


Fonte:Jangada Brasil
Contos do Folclore Brasileiro


beijinhos carinhosos

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Não dê armas às crianças!!

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