Pesquisa americana mostra que as crianças que assistem televisão após as 19h têm mais dificuldades para dormirTelevisão, videogame, celular, computador. Esses eletrônicos cada vez mais fazem parte da rotina das crianças. Apesar da variedade de programas, desenhos animados, jogos, brincadeiras e redes sociais, o excesso de “tela” pode causar problemas de sono na vida das crianças.
Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil de Seattle, nos Estados Unidos com 617 crianças entre 3 e 5 anos, mostrou que aquelas que assistem televisão após as 19h têm mais problemas para dormir - como dificuldade para adormecer, acordam várias vezes durante a noite, têm pesadelos e sonolência diurna.
A pesquisa também analisou o tipo de programação que essas crianças assistiam. Segundo os cientistas, programas com violência – como desenhos animados, novelas e filmes – geram uma dose extra de adrenalina no corpo, o que dificulta o sono das crianças. E para tanto, não importa a hora em que assistem aos programas. Mesmo que seu filho veja um desenho violento pela manhã, ele poderá ter dificuldade para dormir durante a noite.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores se basearam em relatos dos pais das crianças e perceberam também que aquelas com televisão no próprio quarto podem assistir até 40 minutos a mais que as outras por dia.
Segundo a pediatra norte-americana Michelle Garrison, autora da pesquisa, alguns estudos anteriores feitos nos Estados Unidos, mostram que, pelo menos, um em cada quatro crianças têm televisão em seus quartos. “Isso acontece porque muitas famílias acreditam erroneamente que assistir TV pode ajudar seus filhos a pegarem no sono”, diz a especialista.
Aqui no Brasil, a situação não é diferente. “Sou pediatra há 16 anos e tenho percebido que as crianças têm problemas de sono cada vez mais cedo e a causa, quase sempre, está no excesso de tela e na falta de um ritual para dormir, que deve começar antes de dormir”, diz o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Texto de Bruna Menegueço
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