Era uma vez uma senhora canguru que morava na Austrália. Dona canguru tinha dois filhos que haviam nascido no mesmo dia, "por isso eram gêmeos". Chamavam-se Nico e Néco.
Dona canguru levava os filhinhos na bolsa. É uma bolsa dela mesmo. Do seu próprio couro, onde ela guarda seus filhotes.
Então todos os cangurus que moravam na zona, reuniram-se para conhecer Nico e Néco.
_É interessante, como são parecidos! Exclamou o Rei Canguru, que governava o rebanho. Como a senhora sabe qual é este ou aquele?
_Eu sei qual é este ou qual é aquele, respondeu Dona Canguru, mas isso é um segredo meu.
A comadre com seus gêmeos também veio.
E ficou admirando os filhotes, perguntando se eles eram comportados.
Mamãe de Nico disse que ele é comportado, mas o Néco é muito desobediente. Quando me descuido, ele pula para fora da bolsa. Quer aprender a saltar antes do tempo. E ainda disse ela, ensino-lhes boas maneiras, Palavras mágicas, como muito obrigado, bom dia, dá licença, faz favor ,etc., ensino orações antes de dormir e de levantar-se.
Já estavam crescidinhos, quando uma tarde mamãe canguru saiu como de costume para passear com os filhotes, e ensina-los a saltar.
Nico e Néco saíram saltando, através da campina verdejante e interminável. Mamãe dizia: não vão longe que é perigoso. Há uma malta de lobos vorazes, portanto perigosos.
Mas começou a escurecer e os irmãos queriam apostar uma corrida. Propôs Néco a Nico.
Saíram pulando, pulando sem dar atenção a mamãe.
Os lobos apareceram e a corrida foi geral. Os cangurus assustaram-se, fugiram e perderam-se da mamãe e foi aquela choradeira.
Não tinham onde dormir. A noite foi chegando e começou o pânico. Néco era o que chorava mais. A noite era escura e começaram a escutar muitos ruídos. O pio da coruja, o uivo dos lobos, e o canto de outras aves noturnas.
De repente ouviram dois estalos de galhos secos e viram dois ursinhos muito bonitos que vinham chegando. Ursinho, disse Néco, sobe na árvore e vê se mamãe vem vindo. O ursinho trepou na árvore, mas não viu nada e o Néco e Nico choraram muito.
Logo em seguida, apareceu um macaco e logo foi trepando pelas árvores e saltando de galho em galho. Néco pediu a ele que espiasse para ver se mamãe vinha. O mico olhou, e também não viu nada.
Nisto que susto, uma enorme cobra vinha chegando e estava pronta para dar um bote em Nico.
Que susto meu Deus!
O macaco espantava a cobra com barulho e pulos, mas nada adiantava porque a danada estava com intenção de come-los.
Nisto, lá ao longe vinha mamãe e o macaco ficou pulando no galho de contente e dizia: Lá vem mamãe, lá vem mamãe. Foi a conta, a cobra ficou parada para o bote.
Nesse instante a mamãe chegou e pulou sobre a danada e torceu-lhe o pescoço. A cobra contorceu-se toda e ficou imóvel. Estava morta.
Graças a Deus mamãe chegou a tempo. Nico e Néco não esperaram mais, correram para a mamãe e saltaram logo para a bolsa. A comadre chegou também, e seu filhote que estava fora da bolsa, tratou de pular para dentro dela.
Isso serviu de lição. Porque dali por diante todos se comportaram melhor e obedeceram suas mães.
Historinha copiada da Biblioteca Espírita
Tema: Obediência.
Ciclo: Jardim
bjs,soninha
Um comentário:
Uma historinha envolvente, deliciosa e com necessárias lições!
Adorei as ilustrações também!
Beijo, Soninha!
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