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Viva o Verão...

18 de jan. de 2013

PRETA A HEROÍNA



"(...) É verdade que na maioria dos animais domina o instinto. Mas, não vês que muitos obram denotando acentuada vontade? É que têm inteligência, porém limitada. Não se poderia negar que, além de possuírem o instinto, alguns animais praticam atos combinados, que denunciam vontade de operar em determinado sentido e de acordo com as circunstâncias. (...) O Livro dos Espíritos, questão 593"
José é frentista há muitos anos. Ele trabalha à noite, em um posto em uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul.

Em uma noite fria, apareceu no posto uma cachorrinha faminta, que se aproximou de José, abanando o rabo.

O frentista deu comida e atenção à Preta, como foi chamada a cachorra vira-lata. Aos poucos, ela foi adotada por todos os funcionários do posto, e cada um cuidava dela à sua maneira: conversando, alimentando, brincando, dando água limpa, fazendo de Preta a mascote do lugar.

Ela costumava dormir boa parte do dia e seguia José por toda a parte, durante a noite. Foi ele que percebeu que a cachorrinha engordava a cada dia e, em breve, teria cachorrinhos.

O dia do parto chegou, ou melhor, a noite. José auxiliou no nascimento dos onze cachorrinhos e todos os funcionários do posto ajudaram, no tempo certo, a encontrar um lar amoroso para cada um dos filhotes. 

Preta não se sentia só, tinha a companhia e a amizade de todos que trabalhavam no posto e até de alguns clientes. Mas seu amigo preferido era José, que sabe que os animais são parte da criação de Deus, nossos irmãos. Ele dispensa à Preta um carinho especial e até fez para ela uma capa para aquecê-la nas noites frias de inverno.

A mascote acompanhava José na madrugada em que chegaram ao posto três jovens alcoolizados.

- É um assalto! - anunciaram.

E, nervosos e em desequilíbrio, bateram em José, que caiu no chão.

Preta, então, começou a latir muito alto, como nunca havia feito, e a morder os assaltantes. Enquanto ela ameaçava os três jovens, José conseguiu fugir e chamar ajuda.

Devido ao barulho, às mordidas e à determinação de Preta, os jovens desistiram do assalto, indo embora sem levar nada.

Quando José contou o ocorrido para seus colegas, Preta foi considerada uma heroína. Ela, porém, parece saber que foi apenas uma maneira de retribuir o carinho recebido.

Ter um bichinho de estimação, dispensando-lhe carinho, atenção e os cuidados necessários, como alimentação, moradia, água limpa, é abrir portas para que a bondade de Deus se manifeste de diversas formas, como aconteceu com José e Preta. Conviver com os animais é uma oportunidade de desenvolver virtudes como responsabilidade, respeito, carinho e amor mútuos.

"História baseada em fatos reais"


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