Estamos de volta!!

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Viva o Verão...

10 de abr. de 2010

A DESCULPA


A DESCULPA




Fui, em pequena, uma menina muito estabanada.

Num só dia, conseguia quebrar a tesoura de mamãe, arrancar os cabelos de minha boneca ao trepar em uma árvore com ela ao colo, e, finalmente, quebrar um prato valioso, ao ajudar a enxugar a louça.




Depois de cada um desses desastres, corria para minha mãe e dizia depressa:

- Desculpe, mamãe!

E estava crente de que, pronunciando essa senha mágica, obtinha completa absolvição.



No dia seguinte a uma dessas estrepolias, aconteceu-me derramar café na toalha da mesa.

- Desculpe, mamãe! disse eu logo.

Mas mamãe, sorrindo, tomou uma toalha e enrolou-a em minha cabeça, como um turbante. E pôs-me na mão uma varinha que, propositadamente, deixara por perto. E disse bem humorada:

- Você agora é um mágico, com uma varinha de condão. Diga as palavras mágicas: “Desculpe, mamãe!”, dez vezes, sobre essa mancha de café.

Eu repeti as palavras enquanto o resto da família me olhava fingindo seriedade e sopitando um acesso de riso.

Quando terminei, tomada de intensa curiosidade, perguntei a minha mãe: 




- E a mancha? Desapareceu?

- Não! ela respondeu com naturalidade.

Caindo em mim, comentei chorando de decepção:

- E não podia mesmo desaparecer, embora eu dissesse mil vezes “Desculpe!”

- Então, disse mamãe, isso significa que “Desculpe!” não é uma palavra mágica. Não é interessante? Um “Desculpe!” não pode fazer desaparecer, em dois minutos, uma mancha de café que a gente, com apenas dois segundos de atenção, pode evitar. Bem, você quer que eu encha sua xícara outra vez?




E minha mãe não precisou, nunca mais, repreender-me por qualquer estouvamento.

Quantas vezes eu penso ter esquecido a lição, volta-me à lembrança aquele turbante de toalha e a varinha de condão improvisada. 

www.mundoespirita.com.br 

*** DESCONHEÇO O AUTOR!

bjs,soninha

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Não dê armas às crianças!!

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